Hoje, estava pensando sobre dois acontecimentos recentes que foram noticiados na mídia. Um primeiro diz respeito à polêmica de uma passista que teria supostamente ido pedir autorização de seu pastor para desfilar nua neste carnaval.
Depois, li uma reportagem que falava de uma Assembleia de Deus, em Pernambuco, onde os adolescentes componentes da união juvenil, não estavam autorizados a namorar, sendo que os que insistissem deveriam ser encaminhados ao presbítero e ao coordenador da área que já estariam devidamente orientadas como proceder.
E aí, alguém, pode estar se perguntando: Qual a correlação que eu estou fazendo entre estes dois casos?
O que eu penso, sem querer adentrar nos detalhes do que foi noticiado, é que ambos casos aparentemente são sintomáticos em mostrar como muitos de nós estamos em um estado de imaturidade, não só espiritual, mas, também pessoal.
Como é sabido, a imaturidade é um padrão comportamental que, entre suas características, há um desconhecimento de si próprio e a pouca ou nenhuma responsabilidade pelos nossos próprios atos. Ou seja, a pessoa prefere não andar pelas suas próprias pernas, delegando muitas vezes sua vida para o que o outro acha ou deixa de achar.
Assim, como bem colocado por um pastor carioca recentemente, ninguém, absolutamente ninguém, precisa de autorização com o pastor para fazer o que quer que seja. Pastores não são donos dos corpos ou da mente de seus fiéis. Cabe a cada pessoa ser guiada por sua consciência iluminada pelo Espírito de Deus. E como disse o apóstolo Paulo, onde está o Espírito, ali há liberdade, não opressão velada. Ou seja, o papel é orientar, não consentir ou deixar de consentir.
Por que eu creio que essa consciência que cito acima é tão importante tanto para o fiel como para o líder da igreja?
Para o fiel, é importante ele ter consciência clara de que ele é o único responsável pela sua vida. Infelizmente, a maioria das pessoas tem uma grande dificuldade em se auto-analisar, de fazer uma auto-crítica. Ou seja, preferem colocar a culpa das mazelas de suas vidas em terceiros ou em fatores externos, nunca em si mesmo.
Não é de hoje que vejo gente reclamando que a vida deles teria sido melhor se Deus tivesse agido assim, se a igreja não tivesse cobrado isso ou aquilo, se a família tivesse sido melhor.
Ou seja, a igreja vira uma espécie de “GRANDE PAI”, uma babá eletrônica pronta a atender os nossos caprichos e dizer o que vamos fazer ou não. Se lá na frente algo dá errado, muitos perdem até mesmo a fé, que estava baseada em uma visão totalmente distorcida, ou continuam indo à igreja, mas extremamente amargurados e ressentidos por dentro.
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Por outro lado, para os líderes das igrejas, essa percepção de que a responsabilidade da vida dos seus fiéis cabe a eles, ajudará no sentido de termos comunidades mais sadias. E isso, em momento algum, significa não se importar com o seu rebanho, mas saber que os fiéis não são marionetes. O próprio Deus, que tudo pode fazer, nos respeita em nossas escolhas, não coagindo ninguém a agir de um modo ou de outro.
Concluindo, que a nossa escolha seja a mesma de Salomão, que quando Deus lhe perguntou em um sonho o que queria, sua resposta foi sabedoria e lhe foi dada (1 Reis 4:29-34). E que esta sabedoria nos torne pessoas mais maduras, aptas a discernir o que é o bom e o mau para nossas vidas, sem a necessidade de idolatrarmos qualquer líder que seja, por mais inteligente e esclarecido.
Que a sabedoria seja como um farol que nos guia e possamos trazer às boas-novas a esse mundo tão sofrido. Que assim seja.
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Sou consultor de vendas Hinode, moro em Vila Clarice, São Paulo-SP, natural de Ribeira do Pombal-BA, membro da Igreja Evangélica Pedra Viva, pregador e amo fazer o IDE ordenado por Jesus.